segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mais um quase!

Gente sabe quando você está fazendo um download e ele trava logo nos 99,99%?!


Então foi isso que faltou para que hoje pudéssemos fechar nossa viagem para Madrid.
Pois acreditem que a CI fez uma promoção só até hoje.


Mas a promoção era só no cartão de crédito, mas meu cartão é meio comunitário, além de um bocado de gente ter um adicional, ainda sempre rola de fazer um favorzinho para um ali e outro aqui.


Ai eu, Ana, estava tão grilada que meu cartão não aprovasse a compra que liguei para o cartão para solicitar a liberação de um crédito extra. Mas como não sou a titular do cartão, adivinhe qual foi o resultado. O de sempre ne?!  A atendente incompetente pede milhões de informações, me fez ficar horas no telefone e no final disse: “Sinto muito SENHORA, mas esse tipo de solicitação somente o titular pode fazer.” Qual então foi a minha resposta? Algo sensato e um muito obrigada?! Of Course que não ne!  Quem me conhece pode imaginar a resposta mais irônica que dei a atendente. Juro que não me orgulho desse meu lado, mas também não tenho sangue de barata. Aposto que a mulher do lado de lá disse: “Ah é?! Está se achando ne?! Você vai ver!” E bloqueou o limite do meu cartão ou fez um alerta, já que informei o nome da loja e o valor da compra que ia fazer.
O resultado disso foi que meu cartão de crédito não aprovou a minha compra e só tenho até amanha para resolver como vou pagar a viagem, sem juros é claro. Só não senti que tinha voltado a estaca zero porque pelo menos a passagem aérea eu consegui comprar.
Já a Carol, que é rica, passou o cartão e é claro que não ia barrar ne. Tinha credito até para pagar o intercambio, mas não pra pagar meia chapa de file com fritas no shopping, rs. Ah não Carol, ser barrada tentando comprar 3 meses na Europa e melhor do que ½ chapa no Shopping Cidade ne?! Rsrsrs


Então, saímos de lá com a sensação de não ter resolvido nada. Não da para afirmar que realmente vamos embarcar para Madrid em abril. Ainda faltam detalhes, mas detalhes realmente fundamentais. Isso sem falar que só 15 dias antes da viagem teremos a confirmação se haverá residência para nós, qual será nosso endereço correto, nosso trajeto nas próximas 12 semanas, e mais um tanto de outras coisas.
O fato é que esse grito está entalado na garganta e não sabemos ainda se ele sai ou se ser engolido. Eita ansiedade que nos consome!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Quase concluído!



Aeeeeeeeeee!!!
Os 50% que faltam foram confirmados. O PAItrocínio que faltava foi autorizado.
Mas nessa conta 50+50 ainda não é igual a 100%. Vamos amanhã a agência fechar tudo direitinho. Ai sim nós poderemos gritar: “NÓS VAMOS PARA MADRID!!!!”
Aguardem por mais detalhes amanhã! Quer dizer, se tivermos tempo né! Afinal amanhã mesmo já começará os preparativos para a viagem e podem acreditar que são muito para apenas um mês.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Já chegou sábado?

Gente, eu não estou me agüentando de ansiedade. Meu pai chega amanhã de viagem, mas bem tarde. Sendo assim, minha conversa com ele terá de ser no sábado e só depois do trabalho, já que com sua chegava vou ter que colocar uma semana de serviço no lugar. E como as horas demoram a passar. Aff!


Nem conto que hoje larguei de ser mão de vaca (Carol não pode ler isso, senão ela desiste de viajar comigo. Já estou me imaginando reclamando de gastar em euro.) e coloquei crédito no meu celular só para enviar mensagem para o meu pai. Acho que mandei umas 6 ou 7 durante o dia, cada hora inventando um pretexto, elaborando mais uma argumentação para fundamentar os  beneficios dessa viagem. Ai ai.... Até a lista da minha mala já está quase pronta. Continuo só sonhando por enquanto.



Essa semana nós confirmamos 50% da viagem, os cinquentinha da Carol. Ela já recebeu o aval lá na casa dela, embora sua família (com exceção da Lívia) não esteja dando muito apoio não. Na verdade, a família da Carol, assim como a minha, não consegue perceber o quanto essa viagem pode abrir portas.


Portas que para eles deveriam ser só para o trabalho. A visão deles se restringe intercâmbio → aprender idioma → já garantir um lugarzinho em uma entrevista de trainner. Mas se não é inglês, então só enche currículo.  Esse é um ponto que vivo conversando com a Carol. Conheço dezenas de pessoas que fizeram intercâmbio por um mês até mais de dois anos. Todas essas saíram do seu lar doce lar em busca de aprimorar uma língua (no nosso acaso aprender mesmo), mas quando pergunto o que trouxeram de experiência, todos dizem que amadureceram, ficaram mais independentes, se tornaram mais flexíveis e tolerantes, menos frescos (topa até comer da mesma lasanha que o cachorro, né Hector?!), perdendo timidez e o medo de arriscar diminuiu bastante, se tornaram mais agradáveis e também cara de pau, conhecem pessoas e lugares inesquecíveis, vivem momentos memoráveis e ... ah é claro desenvolvem (ou aprendem né) o idioma. A bagagem que está disponível é muito maior do que oportunidades de se diferenciar no mercado de trabalho no futuro. Gente isso é tão mais precioso que não dá pra entender como ainda a gente precisa argumentar para mostrar que vale a pena.
Mas também não podemos reclamar, apesar deles não apoiarem assim tipo 100%, também não nos impede. Então espero muito voltar aqui depois de amanhã para contar as novidades, que estou acreditando até o fim que elas serão positivas.

 Na torcida hein!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A escolha da agência de viagem

            Escolher a agência de viagem parece ser uma tarefa tranqüila, mas no nosso caso não foi bem assim. Praticamente fomos escolhidas. Como moramos em BH, nós temos até uma grande variedade de agências conhecidas que trabalham com cursos no exterior. Mas como nosso tempo é curto e não conseguíramos ir a todas durante nosso dia de folga, então solicitamos orçamento na CI, STB, IE, World Travel e Central do Estudante.
          Inicialmente fomos até bem atendidas pelo telefone nas informações solicitadas, porém não recebemos os emails prometidos da CI e da Central do Estudante.
            Baseado nos melhores atendimentos telefônicos e emails, nós resolvemos agendar uma visita em duas agências, foram ela: STB e IE.
 
 
 
          Na STB fomos recebidas pontualmente, de forma educada e bem esclarecedora. Recebemos as informações que desejávamos, mas não foi aquela coisa e tal. Como diz a Carol, era de se esperar uma pessoa toda entusiasmada, alegre, eufórica, que faltasse nos dizer “Se joguem meninas!!!” . Queríamos alguém com a nossa cara (não é de pobre não), mas alguém que pudesse transmitir tudo o que esperamos para essa viagem. A moça era educada, simpática, porém tinha cara de quem fez high school nos EUA, faculdade em Oxford, e agora vai duas vezes ao ano visitar os amigos que fez fora. Muito certinha e muito contida, quase não esboçava emoções. Mas claro sempre mantendo uma posse que nos deixava até intimidadas. A impressão final foi legal, mas só.
 
 
           Saimos de lá e fomos para IE. O contato telefônico foi muito bom, muito mesmo. Jurei para a Carol que ela ia adorar o atendente. Ele foi super simpático, atencioso, escutou e atendeu meus pedidos de forma eficaz e eficiente. Mas que banho de água fria foi o atendimento. Melhor, não teve atendimento. Dessa vez demoramos 5 minutos do horário marcado porque procurávamos um estacionamento (R$ 9,00 por sinal a hora. Gente não é caro? Ou eu é que estou mesmo pobre?). Quando entramos na agência, um rapaz só levantou o rosto e perguntou o que queríamos, dissemos que estávamos procurando o fulano e ele respondeu nos interrompendo: “Sou eu e vocês podem sentar ai e aguardar.”  E assim permanecemos sentadas por quase 30 minutos sem sequer ter a oportunidade de dizer "Oi, marcamos hora e você pediu para que chegasse no horário. Será que pode pelo menos se importar com nossa presença?!”  Mas nada aconteceu, ficamos lá criando raízes até que decidimos ir embora. Nem um “ por favor aguardem, já estou terminando” nos recebemos. Eita a falta de prestigio!
 
         
           Como eu lembrava o endereço da CI, resolvemos tentar, mesmo apesar da atendente não tendo enviado o email quando solicitamos. E como valeu a pena. A Rachel que nos atendeu é a simpatia em pessoa. Ela respondeu nossas dúvidas, fez vários orçamentos, deu umas dicas legais, se dispôs a negociar os valores. Enfim, foi cem vezes mais atraente que nos demais lugares. Eles também apresentam uma proposta de financiamento muito mais acessível, podendo até ser sem entrada.
           Agora sim Carol: "Vai menina! Se Joga!"
 
 
           Como já dissemos a viagem ainda não está confirmada, porém assim que der tudo certo por aqui vamos correndo fechar com ela. Se tiverem dúvidas com relação com quem fecharem, pensei sempre no tratamento que tiveram ao negociar sua viagem. Acreditamos que se aqui no Brasil você não foi bem atendido, será quando estiver no seu destino receberá todo o suporte que precisará?!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Caindo no mundo

Olá gente!
Meu nome é Ana Carla (prefiro só o Ana mesmo) e vou dividir esse espaço com minha prima Caroline (acho que ela também prefere Carol). Resolvemos escrever esse blog para contar nossas aventuras daqui pra frente na nossa futura experiência em Madrid, Espanha.
Para ser bem sincera, nos ainda nem sabemos se vamos mesmo. Nossa decisão esta dependendo de uns PAItrocínios ai. Não sabemos se a verba vai ser autorizada, já que não fazia parte da DOALC (Diretriz orçamentária anual lá de casa).
Nossa decisão de embarcar para Madrid foi muito rápida, acho que nem nós mesmas ainda estamos acreditando na nossa decisão. Mas acho que ela vai ser, senão a solução, um bom remédio para nosso momento.
Carol e eu temos a mesma idade, temos 24 anos. Nossos pais são irmãos e sócios na empresa onde trabalhamos. Ela é economista e eu sou psicóloga, mas nenhuma de nós exerce a função. Sempre fomos muitoooooo próximas, mas passando a adolescência nos comportamos de maneira muito infantil e ficamos brigadas por anos. Recentemente resolvemos assumir a idade e maturidade que temos, conversamos e resgatamos tudo que havia ficado para trás. Nesse processo de reconciliação fomos percebendo que continuávamos a ter muitas coisas em comum, inclusive os medos, angústias, incertezas e aspirações.
Então, eis que uma série de desventuras nos acomete. Por algumas passamos com tranqüilidade, por outras ainda estamos tentando nos recuperar. O fato que estas desventuras nos levaram ainda mais a fazer questionamentos a respeito de nós mesmas.


Eu estava, quer dizer, ainda estou inscrita em um programa para ser Au pair nos EUA, foi a maneira mais barata que encontrei para realizar meu sonho de viver em outra cultura, em outro país e com pessoas diferentes. Mas esse meu sonho anda meio empacado, não só pelo fato que meus pais não concordam com a idéia de passar um ano fora sendo babá de umas três crianças, mais cachorro, gato, papagaio e periquito, mas também porque eu sou noiva! Porém o que impede até agora de realmente zarpar para a terra do Tio Sam é o meu inglês capenga. Para esse processo de Au pair é necessário um inglês a nível intermediário pelo menos, o que o meu é, mas só no papel (literalmente, só quando escrevo). Quando tenho que falar... ai ai meu Deus, não sai nada alem de I am sorry, I am very nervous!!!  Graças a minha maravilhosa habilidade, já consegui fazer que duas famílias desistissem de mim na primeira tentativa de conversa pelo telefone. Seguia triste com meu plano, mas seguia.
Já a Carol, não vivia o sonho como o meu de viver longe de casa. Diz ela, sequer um dia ter pensado nisso. Nem interesse de viajar para lugares mais distantes passava pela cabeça dela. A Carol tinha um plano mega estruturado de que fazer nos próximos 50 anos da sua vida. Tava tudo dando certo, mas ai algo fugiu ao seu controle e ela se viu diante de uma contingência totalmente inesperada e indesejável. Seu mundo caiu! Ela então começou a refletir sobre suas escolhas e viu quanta instabilidade estava sua vida.
Ai em um dos nossos papos melancólicos entra Madrid.
Carol me convidou para ir estudar espanhol na Europa. Nem ela e nem eu não sabemos absolutamente nada de Espanhol, nosso vocabulário se limita a:
-Buenas tarde señor!
- Yo no hablo español.
- Gracias chica.
-El libro esta sobre la mesa.


Topei imediatamente. Acho que é loucura demais, mas porque não? Afinal o que nos levou tanta programação de uma vida? Planejamos demais e esquecemos de viver.
Vamos agora sair um pouco da barra dos nossos pais que são megaaaa protetores e controladores (mas é porque nos amam né!) e descobrir nossas fraquezas e potencialidades. É impressionante como é difícil responder a pergunta quem eu sou (e pode ter certeza que pelo fato de ser psicóloga piora ainda mais).
Estamos meio que abandonando tudo, não é muito tempo, mas essa decisão envolve muita coisa. Pretendemos ficar em Madrid por três meses. Será que vamos conseguir nos virar bem por lá? Meu Deus, o que vai sair disso!
Bom é isso que pretendemos contar daqui para frente. Todo processo, desde o PAItrocínio,  nossos planos de viagem, preparativos, dicas para não entrarem nas mesma furadas que nós, nossos inúmeros micos que virão e nossas conquistas é claro.
Espero que nossa viagem (se ela for mesmo acontecer) renda bons frutos.