Ai... deu pra cansar!

Pois é, a preguiça da Carol é contaminante. Todos os dias eu tenho que acordar e acordá-la, no dia que ela resolve não levantar, acabo não levantando também. Sexta foi assim pela manhã. Novamente levantamos muitooo tarde, o suficiente para perder o “desayno” e sem fome alguma para almoçar. Saímos um pouco adiantadas para aula para passar em uma pastelaria que não vende pasteis, para fazer nosso café da manha/almoço. E não é que fizemos nossos pedidos e as duas pasteis aqui (agora sim tinha pasteis) esqueceram as carteiras em casa?! Voltei quebrando para casa para buscar dinheiro. Mas o detalhe que esqueci que eu não consigo abrir a porta da casa, essa é tarefa da Carol. Fiquei tentando abrir a porta mó século, quando desistir de abrir, tive que tocar campainha acho que umas 12 vezes para a Irina abrir. Pior foi que tive que tomar mó lição de como abrir a porta. Anotem ai: 1- Escolher a chave certa! Porque eu não estava tentando abrir com a chave errada?! 2- Não se esqueça que a chave é quadrada. Q-UA-D-R-A-D-A! Ainda desenhou para certificar se eu entendi o que era quadrada. 3-Por último e não menos importante, ai ela disse: Ai você vira! E abre!

Fala sério né?! Mas ai voltei como nossas carteiras para a pastelaria e acabamos perdendo nossa aula de cultura espanhola.

Na escola, a cada semana praticamente fecha uma turma. Das nossas amiguinhas duas se foram, a Russa e a inglesa.

Ana, Catlein (inglesa de 14 anos), Victoria (alemã de 21), La chica loca es a profesora, Alexssandra (a russa de 19) e Carol 

 

Depois da escola encaramos o jantar da Irina, hoje, mais uma vez esquisito. Uma sopa que a Carol desconfia ser de pozinho. Essa desconfiança todo só porque ela se tranca na “cocina” e ninguém entra e ninguém sai. Como segundo prato tivemos um purê de batatas bem gostosinho e uma carne cabulosa e indefinida. Sério, a textura era de borracha. Era frita e não sabemos se era peixe, camarão ou frango. Muito esquisito no mínimo.

Após o jantar conseguimos ir ao cinema, assistir “a película para ninos”. O filme era Rio em espanhol, é claro. É muito legal e recomendamos. Compreensão foi sensacional, cerca 85% . O único problema que a Carol cismou de treinar o espanhol dela com uma menininha meio hiperativa de 4 anos. E já viu criança né, fez amizade já era. E na hora de sentarmos no cinema, como as cadeiras são numeradas (chique né bem) não é que o lugar da baixinha era do lado do nosso. Ai sentamos fora dos nossos acentos. Fiquei morrendo de medo de alguém chegar e falar: “ Aqui será que dá pra dar licença do meu lugar?!” Nossa seria vergonha demais. O cinema super vazio e a gente no lugar que não nos pertencia.

Saindo do cinema o frio era Europeu, super incompátível com nosso look europeu. Sério, isso às vezes tem sido um problema. Porque quando saímos as 21h ainda tem sol e temperatura de 22 graus. Mas quando voltamos está 14 graus. Invernos super rigoroso para nós brasileiros.

Ao passar o meu look, não é que queimo o forro da cama.

Meu look que não aguenta frio.

Passamos no MC para compensar a falta de almoço e o jantar meio esquisito.

Já no sábado o dia foi super cheio, inclusive de bolhas no pé da Carol.. kkk.

Levantamos cedo e fomos com o João, o brasileiro aqui da residência, fazer um tour. Fomos ao Museu Del Prado. Lá é muitoooo grande, mas tipo assim, muitooo grande mesmo.  Não fomos em todas as salas e nem dá pra ver tudo em um dia só. Mas creio que vimos bem mais que a metade com 3h e meia lá dentro.

Na saída do Museu tinha um hotel lá perto e uma coletiva na porta. Esperamos um tempinho pra ver que celebridade ia sair de lá. Sei lá né.. Vai que era assim a Ivetinha, Claudinha, Huck... Mas depois escutamos uma notícia no rádio que nos fez pensar que era o Lula, já que ele está em Madrid fazendo um sei o que pela ONU.

Almoçamos na Plaza Mayor. E mais uma vez eu não consegui comer nessa cidade. “Jámon com melon, Churrasco (carne de cordeiro) al horno, ensaladas” Difícil viu!

Nossa sobremesa foi um pouco depois, nos churros que segundo nosso guia João são os mais saborosos e famosos de Madrid. O duro lá foi encontrar um lugarzinho para sentar. O João falou assim com o garçom: “- Por favor uma mesa para três. – Claro, assim que alguém levantar você senta!” A educação aqui é coisa de outro mundo.

Percorremos mais diversas ruas a procura de lembrancinhas para os amigos do João (ah, ele vai embora amanhã de manhã).

Finalizamos nosso dia com uma ida ao mercado, que é lindo e caro de morrer! Muito chique lá! Legal mesmo, cheio de coisas diferentes e exóticas, porém um pouco caras. Mas tudo bem, hoje estávamos mesmo como turistas. Experimentamos sangria, vinho mega doce, vinho mega seco, um espetinho de azeitona, queijo, pimentão e alcachofra.

Mega dia hoje, morta de cansaço para contar até mesmo os detalhes.

Aproveitamos bastante.

“Hasta!!!”

P.S: Além do João, aqui da casa também foram embora a Julie (a canadense que mora na França, O Phill, inglês e o Frances novinho que não conversava com ninguém.) Parece que amanhã chega gente nova.